Estive off! Off por uma série de razões. Uma falta não sei do quê. Velhos amigos, coisas vividas e também das não vividas. O passado batendo à minha porta e querendo entrar. Entrar e invadir meu espaço presente. Talvez tenha conseguido e me deixado bem nostágico. Diria mais, melancólico. Melancólico como uma peça musical para violoncelo. Aí viajei, mas viajei mesmo, de pegar estrada. Fui a um sítio de alguns amigos. Peguei sol, tomei banho de piscina e dei aquela renovada. Pensei em como a gente fica bobo às vezes e esquece o quanto a vida pode ser colorida, ensolarada e refrescante. Não importa quanto o passado entre porta a dentro no nosso presente, sempre terá um futuro pela frente. E, infelizmente, o futuro chegado foi um tanto cruel e levou uma das minhas mais queridas e especiais amiga. Uma amiga positiva, cheia de vida e boas energias e doce, muito doce! Chorei bastante, da melancolia e da alegria passageira fui à tristeza. E um tantinho de raiva também, Pô! Logo ela!!! Tanta gente pra ir antes!!! E aí lembrei daquelas frases qua a gente sempre escuta na infância e não sabe exatamente quem falou, mas que ficam gravadas em nossa memória: os bons, Deus chama mais cedo! Talvez tenha sido esse o caso dela. Era especial demais pra permanecer aqui. Às vezes sou como Brás Cubas, que não teve filhos para não transmitir o legado de nossa miséria! Coisas de intelectual solteiro que passa a odiar o mundo à sua volta, achando que Dante errou o mapa e a localização do Inferno, não sendo preciso descer aqueles cículos todos...
O que me sobra? Não posso reclamar, ainda tenho dúzias de amigos muito queridos e especiais, cada qual do seu jeito, cada um da sua maneira. E cada um deles conectado a uma de minhas tantas faces...
O que me sobra? Não posso reclamar, ainda tenho dúzias de amigos muito queridos e especiais, cada qual do seu jeito, cada um da sua maneira. E cada um deles conectado a uma de minhas tantas faces...