sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Nostágico e melancólico

Estive off! Off por uma série de razões. Uma falta não sei do quê. Velhos amigos, coisas vividas e também das não vividas. O passado batendo à minha porta e querendo entrar. Entrar e invadir meu espaço presente. Talvez tenha conseguido e me deixado bem nostágico. Diria mais, melancólico. Melancólico como uma peça musical para violoncelo. Aí viajei, mas viajei mesmo, de pegar estrada. Fui a um sítio de alguns amigos. Peguei sol, tomei banho de piscina e dei aquela renovada. Pensei em como a gente fica bobo às vezes e esquece o quanto a vida pode ser colorida, ensolarada e refrescante. Não importa quanto o passado entre porta a dentro no nosso presente, sempre terá um futuro pela frente. E, infelizmente, o futuro chegado foi um tanto cruel e levou uma das minhas mais queridas e especiais amiga. Uma amiga positiva, cheia de vida e boas energias e doce, muito doce! Chorei bastante, da melancolia e da alegria passageira fui à tristeza. E um tantinho de raiva também, Pô! Logo ela!!! Tanta gente pra ir antes!!! E aí lembrei daquelas frases qua a gente sempre escuta na infância e não sabe exatamente quem falou, mas que ficam gravadas em nossa memória: os bons, Deus chama mais cedo! Talvez tenha sido esse o caso dela. Era especial demais pra permanecer aqui. Às vezes sou como Brás Cubas, que não teve filhos para não transmitir o legado de nossa miséria! Coisas de intelectual solteiro que passa a odiar o mundo à sua volta, achando que Dante errou o mapa e a localização do Inferno, não sendo preciso descer aqueles cículos todos...
O que me sobra? Não posso reclamar, ainda tenho dúzias de amigos muito queridos e especiais, cada qual do seu jeito, cada um da sua maneira. E cada um deles conectado a uma de minhas tantas faces...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Lu X Eva

Oi gente!
Apesar do título do meu blog se assemelhar com o livro e o filme de título "As três Faces de Eva", de Corbett Thigpen & Harvey Cleckley, nada tem a ver. Nestas obras homônimas, a literária e a cinematográfica, há um desvio de personalidade por parte da personagem-título. Eu nunca li o livro, apenas vi o filme uma vez, muitos anos atrás. Mas conheço a estória desde meus 18 anos, quando meu sempre saudoso amigo e professor de teatro e da vida, Roger Bolívar, citava-o em nossos ensaios. Gravei forte na memória. Talvez por tentar me igualar a meu mestre em cultura ou já percebendo em mim um certo ar bipolar. Brincando com este título, no caso deste meu blog, haverá apenas expressões diversas de sentimentos e impressões acerca do mundo que vivo, sinto e vejo. Meu dia a dia, que apesar de comum em seus acontecimentos, muito tem de diferente naquilo que dele interpreto. Óbvio! Todo ser humano tem suas próprias impressões acerca do mundo em que vivemos. Mas sempre tive a sensação de o perceber com cores, tonalidades, sons, sabores e odores sempre mais intensos que a média populacional. Sei lá! Tipo Fernando Pessoa e a "Passagem das Horas", sabe?! Esquisitice? Arrogância? Petulância? Não sei! Apenas, pra mim, o vermelho é mais vermelho e, talvez por isso, o vinho tinto me embriague mais que o branco num acúmulo de sentidos!